domingo, 31 de dezembro de 2006

creio que me vi,
assim de relance
é isso.foi de relance.
fugia da água da chuva que jazia por entre as pedras escuras da calçada,
recusei um convite obrigatório com um não obrigado de relance.
e de repente;PÁ!!
a esperança do sorriso com o álcool a soprar-me aos ouvidos a felicidade.
gira que gira e volta a girar
cai no chão redondo, estendido, com um frio causado pelo vento envergonhado.
PÁ!!
espalhei-me ao comprido em plena avenida das ruelas
PÁ!!
ergui a cabeça, vem direito a mim qual touro enraivecido
tento respirar
pensar qual seria o pensamento adequado para as recordações de promenores afogados na água da chuva que jazia por entre as pedras claras da calçada.
pim pam pum
pim pam pum
segredo coloredo, colorado, colorido, colarado, tem calor do desegredo negro.
o céu bem que dispara contra mim, escudo banal contra arma divina?
bom resultado.
hahahahahahahahahahahahahahahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
é o misto de choro com segredo baixinho mesmo rente às pedras escuras da calçada, quase tão rente que se afogam na água da chuva que jazia por entre os segredos.
PUM

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

saio de casa,
atravesso o enorme corredor do meu andar,
chamo o elevador,
espero pelo elevador,
digo um boa noite melancólico à vizinha do andar de cima que não se dignifica a responder,
chego ao zero, abro a porta para a vizinha do andar de cima sair sem que fizesse tal esforço,
de nada respondo eu,
nada, ela nem respondeu,
saio do prédio,
ando uns agradaveis metros,
olho para o meu reflexo na poça de água no meio do alcatrão,
chega o autocarro,
boa noite,
boa noite,
esboço um sorriso,
motorista simpático pensei para mais ninguem,
saio onde tenho que sair, apanho um comboio que ia a sair, sento-me no lugar de uma senhora que não conseguiu sair.
saio num apeadeiro,
olho bem para o que tenho na minha mão,
os promenores que foram desaparecendo voltaram todos a puseram-se em fila na linha deitados.
olho outra vez para o que tinha na mão,
levo o cano à fonte.
puxo.
promenores?
vida?
não,
apenas a recordação mais importante da minha vida estava dentro de mim,
7.65.
estou à procura de mim própio
mas ando-me a fugir, é que, aqui à dias comprei uma arma e desde então (acho que foi um pouco antes) que me tento encotrar para alvejar-me
com um magnifico tiro,
deve ser essa a razão porque ando fugido.
bom, se me virem entretanto avisem-me,
deixem um recado aqui a dizer que me viram,
mas atenção!
não me matem,


quero ser eu a ter esse prazer
-Boa noite.
-Boa noite, menina. Está um frio desgraçado não está?
-Está sim...
-Então e para onde?
-É um bilhete... só de ida... para um sítio qualquer.
-?


written by Niusha in http://niushas.blogspot.com/

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

"All around me are familiar faces
Worn out places, worn out faces
Bright and early for their daily races
Going nowhere, going nowhere
Their tears are filling up their glasses
No expression, no expression
Hide my head I want to drown my sorrow
No tomorrow, no tomorrow

And I find it kinda funny
I find it kinda sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very, very mad world... mad world

Children waiting for the day they feel good
Happy Birthday, Happy Birthday
Made to feel the way that every child should
Sit and listen, sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me, no one knew me
Hello teacher tell me what's my lesson
Look right through me, look right through me

And I find it kinda funny
I find it kinda sad
The dreams in which I'm dying
Are the best I've ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles
It's a very, very mad world ... mad world

Enlarging your worldMad world"

written by Gary Jules
AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
quero gritar
gritar até não puder mais
até me doerem os maxilares
até alguém se sentir bem consigo própio
até eu me sentir bem comigo própio
até conseguir fazer coisas impossiveis
até me concretizar
até morrer
até me encontrar
até me perder
até perder de vista o folgo
até ver de perto o fogo
sentir o calor ardente de um músculo incansável que corre sem olhar para o final deseperante que o espera inpenetrivelmente, corre sem se preocupar em se desviar dos buracos do alcatrão formados pela chuva salgada das câmaras de desvigilância, que apenas reparam nas árvores e florstas que mais lhes convêm.
olho para o meu grito e vejo-o a sair e ir, sair e ir, sair e ir
e vejo-o
boa sorte

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

"What else should I be
All apologies
What else should I say
Everyone is gay
What else could I write
I don't have the right
What else should I be
All apologies

In the sun
In the sun I feel as one
In the sun
In the sun
I´m married
Buried

I wish I was like you
Easily amused
Find my nest of salt
Everything is my fault
I'll take all the blame
Aqua seafoam shame
Suburn with freezerburn
Choking on the ashes of her enemy

All in all is all we all are"


Written by Kurt Cobain
Decidi.
Eu não vou morrer, está decidido.
Eu vou matar-me.
Considero que morrer e matar-me duas coisas completamente diferentes.
O que estou a querer dizer é que não vou deixar-me morrer de doença, de velhice ou por um acidente idiota qualquer (ou pelo menos tentarei faze-lo).
Sou egoista de mais para não ser eu a decidir como morrer. Gosto de decidir o que fazer, incluindo a minha morte. Gosto de decidir como e quando as coisas devem acontecer, deve ser do meu complexo divino.
Óbvio que uma boa surpresa calha sempre bem, mas em relação à morte irei ser eu a decidi-la.
Egoista
Egocêntrico
Complexo divino
Ou pura Estupidez, chamem-lhe o que quiser.
Eu chamo-lhe
Suicídio.

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

O acto apunhalar de uma esperança do tamanho de um embondeiro adulto é sem sombra de dúvida cruel !
É morrermos afogados a uns escaços metros da costa, vendo que esta está a ser puxada por alguém.
Mesmo que o alguém que nos puxa a costa para o outro hemisfério não tenha outra hipótese senão aquel e mesmo que nós, nadadores espançosos, saibamos disso, dói-nos terrivelmente.
Mas o que dói mesmo muito é darem-nos a esperança de um momento para o outro, e nós incrédulos pela sorte que nos calhou nem questionamos, alimentarem claramente essa esperança, e depois darem uma machadada, com toda a força interior que possuem, nessa mesma esperança que plantaram, regaram, e quando foi a altura da poda cortaram-na pela raiz cruelmente deixando apenas uma pequena e doente raiz, que quase com toda a certeza irá acabar por morrer com falta de rega.
AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 2 de dezembro de 2006

Estranho
Nao me considero louco, nem invulgar ou muito menos extravagante
Considero-me Estranho
Coisa estranha isto de ser Estranho
E os sentimentos ainda sao mais estranhos, ou se sao!
Realmente nao consigo ser monogamo, iclusivamente nos sentimentos.
Mas que porra isto! Por vezes fico piurso comigo mesmo! Mas que raio isto de ser eu!
Just time knows the future
um grande olhar meu a quem ler este blog
P.S. sinceramente prefiro guardar o meu nome pois penso que nao traria nada ao blog.