terça-feira, 16 de setembro de 2008

Cantinhos

Quero um cantinho no mundo só meu.
Onde possa chorar sem que as pessoas se preocupem. Apenas passem por mim. Até podem olhar, mas de forma a que se perceba que no segundo a seguir irão apagar essa memória visual sem que se apercebam.
Seria um cantinho à sombra, onde correria aquela brisa capaz de transformar o calor abafado de uma tarde de Verão naquele fresquinho bom do princípio do Outono. Teria um degrau onde me sentar e deitar e o chão seria calçada, a de Lisboa.
E estaria então nesse meu canto tão sonhado. A chorar baba e ranho, que nem um desalmado. Deitaria-me a chorar no meu degrau. De repente, começaria a rir, rir, rir, como se nesse instante todo o riso de todas as pessoas estivesse em mim. E ali estaria eu, a rir aquilo que mais niguém podia rir naquele momento, a festejar, portanto, a tristeza de todos PUM! O olhar fixa o vazio da frente, o coração acelera, o pulmão pára e o cérebro desfaz-se em pedaços de vidro. Morri. Morri com toda a alegria do mundo. Literalmente.
Morri e fui para o céu. Não, isto não é o céu... Nem o inferno...
Ahahaha! Alegria! Morri e voltei para o meu canto. Riam comigo por favor! Eu morri e vim para onde sempre quis viver. Mas a sério. Riam. Riam até o vosso olhar fixar o vazio, até o coração acelarar, até o pulmão parar, até o cérebro desfazer-se em pedaços de vidro.
E aí, sejam bem vindos ao meu canto, não no mundo, mas na morte.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

E na ressaca do não foi...



...acabou por ir. E de todas as reacções possíveis, a que ela teve revelou que todo este vai ou não vai, tinha lógica e razão de ser. estranho...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

E no vai ou não vai...



...não foi.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Fim

Tudo tem um fim. Tudo. E começa-se algo sabendo disso à priori. O que não quer dizer que deixemos de o fazer apenas por sabermos que vai acabar. Não. Quer dizer apenas que, sim, deve-se começar, aproveitando enquanto dura.
Pode soar a frio, ou a cabrão mesmo, mas as coisas têm de acabar, para outras poderem começar. Temos que tirar todas as lições que aprendemos enquanto durou para quando outra coisa começar, podermos ter mais proveito enquanto essa nova coisa dura.
Não digo para esquecer, isso nunca, isso seria apagar as lições. Digo para termos uma noção de fim que a maior parte das pessoas entende erradamente.
Gostei, e ainda gosto, bastante de ti. E sabes que eu também estarei aqui para quando precisares... todos os meus amigos o sabem.

Coragem

Para entrar em algo, e consecutivamente para sair de lá.
Para assumirmos aquilo que há de mais escondido em nós, que na verdade não está escondido porra nenhuma, nós é que não temos coragem para assumir o que realmente somos.
Para assumir que somos mais simples do que julgamos ser.
Para não nos refurgiarmos onde não devemos, apesar de saber préviamente que vai dar merda.
É realmente preciso coragem para uma porrada de coisas...
Sinceramente mais vale voltar ao plano inicial da bala da cabeça...
Acho que penso em demasia nas coisas, algumas pelo menos.
Vou atirar-me de cabeça, mesmo que a probabilidade de não me estatelar todo seja minima, e sabendo que se me estatelar fodo toda uma série de coisas que não eram nada agradaveis de foder? É claro que não me atiro porra! É claro que um gajo fraqueja!
Chamem-me paneleiro, fraco, pouco convicto das minhas ideias, etc.
Mas... sei lá!
Foda-se devia ser tudo mais fácil.
Mais... fácil.